segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Cansada do amor




 Ela Cansou do amor. Sentiu  vontade de ser só ela e ela. Um egoísmo que pra muitos não faria sentido, que soaria mal. Cansou de sofrer por amor, de derramar lágrimas por alguém, de sentir falta de um abraço, cansou das declarações, cansou de depender,  cansou de problemas para resolver, dúvidas para se esclarecer. Pelo menos naquele instante, não queria mais o calor, o fogo da paixão. Não queria o coração acelerado que a fazia perder o ar, que fazia suas bases tremerem.
Queria ter o coração livre de sentimentos que a prendiam. Queria ter o poder de aproximar e largar sem sentir nada, ter o gostinho do IMPOSSÌVEL. Tirar o nó da garganta, não ter medo de arriscar. Ser independente, e ter o coração calejado para não sentir dor, apensar de saber que se fosse assim, reclamaria por ser fria. A faca afiada da indiferença acabaria a matando aos poucos, e ela acabaria chorando do mesmo jeito, por não saber o que é se entregar. Portanto, nenhum extremo faz bem, óbvio. O bom seria se entregar, amar, sofrer e se recuperar – completamente – num período de tempo não tão longo. Mas são poucos que dominam a arte da superação. E a realidade dela e das pessoas que a cercavam, estavam bem longe de ser parecida com essa. O engraçado é alguém como ela pensando uma coisa dessas. Ela tinha o amor, um amor sincero e mesmo assim a incomodava saber que  dependia dele. A alma dela aspirava liberdade, mas o amor a prendia de tal forma, que ficou sem saber como agir. Seu coração ansiava cada beijo, cada suspiro quando o amor estava presente. E por mais que tentasse ser forte,  continuava amando, dependendo, respirando e vivendo cada dia mais esse amor.
PS: Inspirado em todas as minhas amigas que sofrem do "coração". Amo vocês.

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