Olha, pra ti pode não fazer diferença. Mas organizando meus
botões esses dias, cheguei a duas definições separadas, onde ficar é diferente
de flertar. Um flerte não é uma ficada, mas pode vir a ser. Uma ficada não será
um flerte, porque já foi um, é a continuação de um flerte ou nunca será um
flerte. Deu pra entender? Espero que sim.
Ficar é bom. Não é o máximo, é bom. Aquelas ficadas que
envolvem sentimento, confiança, parecem fazer mais sentido pra mim, e por isso
as defino em um nível acima de “bom”. O certo mesmo é compromisso, mas isso não
anda muito popular hoje em dia, infelizmente.
Ficar é um tipo de aventura de futuro incerto ou improvável.
É correr o risco de se apaixonar e sofrer. É motivo de diversão e prazer.
Sentir o parceiro, descobrir novas línguas e aproveitar o momento. É arriscado
e excitante. Ou já é normal e perdeu a graça, dependendo da sua quilometragem,
se é que me entende.
Flertar é sentir aquela palpitação. Não por que ele te puxou
mais forte, e sim porque ele está te olhando continuamente. É sentir o coração
bater mais forte ao primeiro contato. É inventar uma desculpa pra chegar perto
ou conversar. É querer que ele te olhe, te note no meio de tanta gente. É
aquele menino que você vai chegar em casa e ligar pra sua amiga contando sobre
como ele era bonito, ou fofo e como ele te olhava. Que você simplesmente não
sabe o que dizer quando se trompam sem querer. Que você fica tímida quando você
vai conversar, mesmo que seja a mais tagarela da turma. E simplesmente sorri na
presença dele, aquele sorriso bobo e estampado na cara. Ou seja, uma paixonite
aguda que eu definiria como puro açúcar. Meloso, enjoativo pra quem vê de fora.
Mas é gostoso e faz bem! É bem mais inesquecível do que o carinha que você
pegou na esquina ou daquele outro que você nem lembra o nome. E definindo, pela
ultima vez nesse texto, flertar é o que torna a ficada legal. É o que a torna
diferente e única. Pra mim, ficar só faz sentido quando há um flerte.
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