Garotos. Sempre ocupando nossas mentes. Não que nós
mulheres, saiamos das deles, mas o lado feminino tende a pensar mais. Quando
digo pensar não é lembrar, exatamente. É sim duvidar, se perguntar, questionar,
imaginar coisas que nunca acontecerão, enlouquecer, se descabelar, chorar,
pensar e pensar.
Mas porque aquele infeliz não me ligou? Será que ele tá com
outra? Será que ele não pensa em mim como eu penso nele? Ele vai me largar!
Será que eu o magoei em algo? Ai minha santa! Porque ele olhou pra ela? Será
que sou atraente o suficiente? E blá blá blá. Perguntas e stress que muitas
vezes são desnecessários. Detalhes que nos tornam inseguras em um
relacionamento e que nos deixam com vontade de agarrar essas pestes milagrosas
e não soltá-las de jeito nenhum, querendo saber tudo o que fazem, aonde vão,
que horar acordaram, e o que eles comeram no almoço.
Pois é, queridas. É esse o objetivo deles. Deixar-nos
inseguras, fazer com que acreditemos que eles simplesmente não se importam. Que
eles tem um coração resistente, e que se você, não correr a trás (servir de
tapete), eles vão te largar. Porque eles não estão nem aí. E olha, eles podem
realmente não estar nem aí, dependendo do nível de relacionamento de vocês. Mas
uma coisa é certa: eles nos testam. Eles olham pra uma garota na nossa frente
de propósito pra ver a nossa reação. Eles querem ver o quanto NÓS damos
importância. O quanto eles podem nos afetar. E o que a maioria das garotas
fazem? Escrevem na testa: EU ME IMPORTO! E geralmente correm atrás, começam a
fazer meia dúzia de questionários, grudam mais que chiclete, ligam de dez em
dez minutos, fazem o maior doce, e na décima nona pergunta o que lhe resta,
sinto lhe informar, é a marca do sapato dele na sua bunda, ou seja, tu levou um
pé na bunda e nem viu. OU não. Porque há
caras por aí, que gostam de meninas terrivelmente grudentas, ciumentas, e que
simplesmente se afastam quanto mais indiferentes suas parceiras são. Mas não é
desse tipo de garoto que eu estou falando, porque comigo, esse tipo não tem chance.
Nenhuma.
Voltando: ninguém gosta do que é muito fácil, não é? E cá
entre nós, pra que amarrar um cachorrinho que você tem a certeza que não sai do
seu pé? Bom, amigas, o cachorrinho pode ser você. E eu te digo, com o perdão da
palavra, que as coisas não são bem assim, e que você pode se dar muito mal. (ou
não, vai saber se o cara não era uma peste milagrosa).
Todas sabem que se entregar de primeira, não é muito legal.
E que caras gostam de desafios. Por isso às vezes é bom fingir que não se
importa. É bom se afastar do telefone. Segurar suas vontades para que seus
desejos possam se realizar no futuro.
Quando o relacionamento está no início, é apenas uma ficada
ou vocês só estão conversando, é normal ter “joguinhos”. E por vocês não se
conhecerem direito, por vocês (ou ele) ainda não estarem totalmente apaixonados
um pelo outro, acaba havendo esses testes que simplesmente nos fazem mal. Mas
lembre-se que a indiferença pode doer muito mais do que uma ligação que você
não recebeu. E quando sabemos agir da forma correta, comedida, usando a
indiferença como nossa aliada, quem vai ficar encucado são ELES. Quem disse que
só eles podem testar? É o lance de andar no mesmo passo. Se ele der um, você
talvez dê um. Se ele volta dois, você volta também. Nunca deixe ele pensar que
já te conquistou por completo. Agora, se você e seu amor já estão em um
relacionamento sério e que já dura há um bom tempo, não há necessidade de
joguinhos e testes. Isso complica qualquer relação, porque é algo totalmente
dispensável. Mas lembre-se: nunca deixe de lado a perspicácia feminina. Nunca
deixe ele pensar que você lambe o chão que ele pisa. O desafio precisa
continuar!